A IV edição do Projeto Cultural Arte em Foco, que teve início em julho, chega à sua reta final, na última semana de novembro. Neste mês, o tema focado é o Ensino de Música nas Escolas. De acordo com a Lei Federal nº 11.769/08, os alunos das escolas públicas deverão ter acesso a um maior conteúdo na área de música, já que, além de noções básicas e de cantos cívicos, serão estimulados a conhecer ritmos, danças e sons de instrumentos regionais e folclóricos. A intenção é ampliar as possibilidades de desenvolvimento. E, para isso, os sistemas de ensino teriam três anos letivos para se adaptarem às exigências estabelecidas na Lei sancionada pelo presidente Luís Inácio Lula da Silva, em 2008, ou seja, teriam até 2011 para se adequarem.

De 26 a 28 de novembro, das 19h às 22h, o professor Sérgio Luiz Ferreira de Figueiredo (UDESC) fala sobre o tema, na Funarte MG. As inscrições, gratuitas, estão abertas. Os interessados devem enviar nome completo, breve currículo e telefone de contato para o e-mail arteemfoco.funarte@gmail.com.

“Fundamentos e práticas para a educação musical escolar” – em três dias de palestra, o prof. Sérgio Luiz fala sobre aspectos da legislação educacional que inclui a música, com foco na Lei 11769/2008. A literatura da área de educação musical será utilizada com o propósito de fundamentar as discussões e as reflexões sobre metodologias e práticas de aprendizagem e ensino de música que podem ser adequadas para a escola brasileira na atualidade.

Sérgio Luiz Ferreira de Figueiredo é bacharel em composição e regência pela Faculdade de Artes Alcântara Machado – SP (1981), mestre em música pela UFRGS (1990) e doutor (Ph D) em educação musical pelo Royal Melbourne Institute of Technology - RMIT University, Melbourne, Austrália (2003). É pesquisador do Conselho Nacional de Pesquisa - CNPq (PQ 2) – Brasil e professor da Universidade do Estado de Santa Catarina – UDESC, nas áreas de canto coral, regência e educação musical. Possui trabalhos publicados em periódicos nacionais e internacionais, assim como livro e capítulos de livros. É membro de conselhos editoriais de periódicos brasileiros e internacionais. É representante da América Latina e do Caribe na Comissão de Pesquisa (ISME Research Commission) da International Society for Music Education - ISME. É membro da Comissão de Avaliação da área de música do ENADE junto ao INEP, órgão do Ministério da Educação no Brasil. É professor do Programa de Pós-Graduação em Música - Mestrado da UDESC e é membro do Comitê técnico do Fundo Nacional de Cultura, do MINC, na área de música.

Durante os três dias de palestra, o público confere a intervenção Música, palavra e pensamento: a canção como forma em processo, com o artista Luiz Gabriel Lopes. E, na quinta-feira, dia 29, participa de um bate-papo seguido de um pequeno show com o músico. Luiz Gabriel Lopes é cancionista, vocalista, arranjador, guitarrista, violonista e um dos principais compositores do grupo Graveola e o Lixo Polifônico, considerado pela crítica como um dos principais grupos de música independente produzida atualmente no Brasil. Possui três álbuns lançados com o grupo e, em 2010, lançou seu primeiro trabalho solo, o disco Passando Portas, composto e gravado em Lisboa, Portugal. É bacharel em comunicação social pela UFMG, cursa o 4º período do bacharelado em música popular, e atua como professor de musicalização para crianças.

O projeto

O Arte em Foco é um ciclo de reflexões sobre as artes, realizado pela representação da Funarte em Minas Gerais desde 2009. Em sua 4ª edição, o projeto traz uma novidade: um dia a mais de curso. É o Artista em Foco.

Contando sempre com intervenções artísticas, o projeto abre mais espaço para o artista convidado, que terá um dia para falar do seu trabalho, propondo uma conversa sobre sua trajetória e sua poética.

Atendendo às sugestões de temas feitas pelos participantes do Arte em Foco, as reflexões serão sobre Fotografia, Arte e Filosofia, Arte Indígena, Histórias em Quadrinhos, Música na Educação Básica. E, para encaminhar os cursos foram convidados importantes professores e pesquisadores de diferentes universidades do país, o que já se tornou um diferencial do projeto.