No último domingo, 16, São João del-Rei reuniu mais de sete mil pessoas para reforçar a luta pelos direitos humanos e combate a homofobia, com a realização da 7a Parada da Cidadania e do Orgulho de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Simpatizantes da região das Vertentes. O evento, organizado pelo Conselho Municipal de Direitos de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais (LGBT), com apoio da Prefeitura de São João del-Rei, teve sua concentração, às 13h, na Avenida Leite de Castro e encerramento, a partir das 18h, na Avenida Tancredo Neves, com apresentações culturais.
De acordo com o Presidente do Conselho Municipal de Direitos LGBT e Diretor de Direitos Humanos da Prefeitura Municipal, Carlos Bem, o evento reafirma seu pioneirismo na conquista de direitos da população LGBT. “A parada em São João del-Rei possui um caráter pedagógico, no sentido de trazer para a sociedade a visão de uma comunidade até então invisível. Além de dialogar assuntos como violência e discriminação”, disse.
Representando o Prefeito Professor Helvécio, a vice-prefeita Cristina Lopes destacou que o evento traz uma reflexão sobre os direitos LGBT. “Esse é um momento de reflexão de toda a população, porque a luta é para garantir a humanidade e não a diferença da humanidade”, afirmou.
A Secretária de Assistência Social, Merilane Cardoso, reafirma a importância do diálogo para a inclusão. “Nós, da Secretaria Municipal de Cidadania, Desenvolvimento e Assistência Social, por meio da Diretoria de Direitos Humanos, mantemos um diálogo permanente com os movimentos sociais de São João del-Rei e estamos traduzindo suas necessidades em prol da inclusão das minorias”, ressaltou.
Gustavo Lacerda, representante da Universidade Federal de São João del-Rei no Conselho Municipal LGBT, explica que o parada traz para a rua uma ação inédita para a região. “O evento é importância na medida em que ocorre a tomada do espaço público, quando o LGBT pode ir à rua e fazer o que não se podia fazer há anos atrás, como, por exemplo, namorar”, concluiu.
A travesti Natasha Lopes ressalta que a Parada comemorar o direito da classe. “Estou aqui para comemorar nosso direito. A ação é muita boa para discutir não só os direitos dos gays, mas de toda a população, como mulheres, crianças e negros”, afirmou.
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