Durante o mês de setembro São João del-Rei receberá novas galerias a céu aberto, em mais uma ação realizada pelo Fórum de Arte Urbana das Vertentes – FAUV. O objetivo do projeto é expor o trabalho de artistas são-joanenses com ênfase na arte urbana.
A iniciativa surgiu a partir do 1° Fórum de Arte Urbana, realizado entre os dias 29 e 31 de agosto, no campus Dom Bosco da UFSJ, com o apoio de estudantes, professores, pesquisadores e artistas de várias regiões. O objetivo do FAUV é ser uma plataforma organizativa que promova a reflexão e a intervenção criativa entre a arte e a cidade. No mesmo local, ainda está disponível uma exposição com mais de 300 obras em um ateliê na sala 167.
O coordenador geral do FAUV, Valdir Siqueira, o Monge, revela que muitas propostas apareceram após a realização do Fórum, dentre as quais, a construção das galerias a céu aberto com o trabalho de artistas locais. “Vão ser vários corredores que a gente chama de mapas afetivos. As galerias que estão sendo pintadas surgiram com a ideia de privilegiar lugares que às vezes são invisibilizados pela administração pública ou pelo próprio ordenamento da propriedade”, explica Monge.
Alguns dos painéis já foram iniciados na Rua Alexina Pinto, no Bairro Bela Vista; no Campus Tancredo Neves – Ctan; no bairro Tijuco e no bairro Dom Bosco. Segundo Monge as pinturas estão sendo desenvolvidas por dois grupos de trabalho que nasceram dentro do FAUV. “Esses grupos são abertos. A ideia é fazer um convite a todos. O fórum não é um corpo cristalizado, mas sim um corpo executivo de organização. A partir desse corpo vários outros coletivos podem se engajar também”.
As ações promovidas pelo FAUV contam com apoio da comunidade para a realização dos painéis, pois os grupos de trabalho dependem da autorização dos responsáveis pelo imóvel e também da doação de tintas e outros materiais para as pinturas.
Outra vertente do projeto é destacar o papel da arte como um instrumento pedagógico e viabilizador de um debate sobre as relações entre a arte e a vida urbana. “A gente vem de um período onde a arte tem sido colocada como acessório, e o fórum trouxe à tona essa discussão de como a arte é necessária para a vida”, finaliza Monge.
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